Eu que este ano vi (e afastei-me que eu não quero cá micróbios) toda a gente a ficar constipada e dizia com todo o orgulho “Eu ainda não me constipei este ano toma toma...”, o Pai Natal, esse velho gordo decidiu trazer-me uma puta de uma gripe, é que nem constipação é, é mesmo gripe à séria!!
Passei o Natal sentadinha no sofá da tia enrolada na mantinha e a assoar-me e tossir até me saltarem os pulmões pela boca. Mal conseguia comer, tinha a garganta inchada e arranhada, parecia que tinha lá estado um gato a afiar as unhas sem dó nem piedade. Doía-me tanto o ouvido esquerdo que não queria ouvir ninguém.

Tirando esta maldita gripe, o Natal até foi porreiro com a famelga reunida.
A mamã é a melhor do Mundo por todas as razões e mais um par de botas e nesta quadra ofereceu-me um belo puzzle com a Torre Eiffel que de noite se ilumina quando se incide luz. É a pièce de resistance, amei, adorei, foi o melhor presente de sempre! E um cachecol Benetton lindo branquinho. Uma t-shirt muito fofa da Quebra-Mar do priminho, o 27. Recebi dinheirinho dos tios-padrinhos que é sempre bom e eu gosto. O resto foi comme si comme ça que esta gente só compra coisas que elas gostam, não se preocupam com os gostos de quem as recebe.

Os dias seguintes foram passados a tentar curar esta gripe, sem qualquer almejo de melhoras.
Hoje vim trabalhar mas como é óbvio estou desejosa de ir para casa, nem me consigo concentrar no que estou a fazer só de pensar nas minhas pantufas aka tufas, na minha mantinha polar, no pijaminha polar (eu gosto de coisinhas polares, que hei-de fazer?!!) e no belo sofá lá de casa sempre pronto a me receber para uma maratona de Anatomia de Grey ou de So you think you can dance, a beber cházinho e a fungar à brava. Que bom que era.

E assim se passou mais um Natal!